sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Feriado, chuva, tédio, texto.

Lá fora a rua vazia chora e aqui dentro só me resta um pijama, uma barra de chocolate e um filme "água com açúcar". A chuva coloriu de cinza o céu paulistano de meio de feriado, destruindo as chances de eu sair dessa minha prisão particular. Só me resta então ficar enrolada num cobertor e ligar o DVD. Ou devo dizer, restava. Um galho de árvore resolve tombar na fiação da rua nesse exato momento e a incrível Lei de Murphy começa a brincar na garoa. Olhando pela janela, vejo o pessoal da prefeitura tirar o galho da rede, mas a essas alturas eu já não estou com vontade de assistir ao filme que espera há mais de duas semanas na minha prateleira. Ainda olhando pela janela, percebo que a neblina cobre o topo dos outros prédios e a linha do horizonte. Poucas pessoas passam pela rua, com seus inúteis guarda-chuvas ou capas. A água agora cai de lado, esboçando no vidro da minha janela uma figura impressionista. O frio me deixa com vontade de uma xícara de café, mas o pó acabou e me contento com uma caixinha de Toddynho. A energia elétrica volta a funcionar, me dando a chance de ligar o som e colocar uns CD's velhos pra tocar. Embalada ao som de Caetano, adormeço no sofá da sala.

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